segunda-feira, 27 de agosto de 2007

João Francisco e as folhas secas

Meu filhinho, João Francisco, agora com um ano e três meses, está começando a balbuciar algumas palavras e já entende muita coisa do mundo que o cerca.
Coisa que ele já sabe fazer bem, e sabe que dá resultado, é pedir objetos de sua preferência.
Vê um celular ou um controle remoto e já começa a pedir: “Dá, dá, dá...”
Tudo que ele vê alguém comendo já pede: “Dá, dá, dá...”, ou seja, já sabe que “dá, dá, dá” é a palavra mágica para ganhar o que deseja.
Domingo de manhã, estávamos na frente da nossa casa onde tem uma grande árvore. João Francisco é encantado pelas folhas secas caídas no chão e, se deixar, fica horas brincando com as mesmas, balbuciando seus “us” e “bas”. Fiquei olhando-o sentadinho debaixo da árvore e observando suas reações (passatempo preferido de pai). De repente deu um vento forte e caíram mais algumas folhas secas no chão já cheio delas. João Francisco olhou bem para o alto da árvore, olhou para as folhas no chão, olhou novamente para o alto da árvore e, vendo que as folhas vinham lá de cima, não hesitou em usar a palavra mágica: "Dá, dá, dá..."
Ele queria ganhar mais folhas secas e sabia que a árvore é quem as daria, mediante seu pedido...

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Didática

Aprendi, ainda criança, que água e terra
davam barro e sujavam as mãos e a roupa.

Aprendi que para matar porco, era preciso
acordar bem cedo, com o céu ainda escuro.

Aprendi a pular muro alto, mesmo que, para
isso, arranhasse os dois joelhos.

Aprendi, com muita insistência, a ficar longe
dos meus pais quando viajava nas férias escolares.

Criança aprende rápido, compreende.

E então vi que era só lavar a sujeira,
percebi que o controle do tempo fazia a diferença,
senti a necessidade do sacrifício para se
alcançar um objetivo e, finalmente,
aprendi que nunca devemos ficar longe
de quem muito amamos.

Foi assim...

(do livro Ensinamentos de amor de JúlioCésar Meireles de Andrade)

terça-feira, 14 de agosto de 2007

PODEM QUEIMAR MEUS POEMAS,
MAS MINHA POESIA, NUNCA.