Na tarde molhada de pintado arco-íris
um homem chega ao seu chão
recebido com requintes de pão de queijo
e café em bule esmaltado.
Ali louva o amor e o roçado.
Admira as rãzinhas, centenas, nas poças de chuva,
observa, encantado, a caixa do marimbondo-tatu e
uma quaresmeira que, amadrinhada com um ipê roxo,
somente grita suas flores em agosto.
Caprichos da natureza.
Ali onde angu com feijão, sabe-se, é bom para nenê comer,
mas que o que mesmo faz criança crescer
é o tempo.
Ali chega com a goela espremida e
agradece todos os dias por não mais
precisar ir embora amanhã e
nem qualquer outro dia.
.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)